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Defesa de tese de RAIANE RIBEIRO MACHADO GOMES

Ligado . Publicado em Defesas

MODELO DE SIMULAÇÃO DAS REMOÇÕES LÍQUIDAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA ANTROPOGÊNICOS PELA METODOLOGIA DE MDL DE REFLORESTAMENTO DE TERRAS POR DINÂMICA DE SISTEMAS

 

A principal iniciativa internacional de combate ao efeito estufa identifica-se com o Protocolo de Quioto, que prevê uma redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelo grupo dos países desenvolvidos compromissados. Essas reduções, para sua certificação e negociação no mercado de créditos de carbono, devem seguir as normas previstas pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) criado pela UNFCCC. As atividades de reflorestamento de eucalipto aparecem como uma alternativas para mitigação das emissões de carbono. Desta forma, este trabalho desenvolveu um modelo de simulação de monitoramento e avaliação do saldo das remoções líquidas de GEE por Dinâmica de Sistemas para projetos de reflorestamento de eucalipto. O modelo permite monitorar anualmente as remoções líquidas de GEE ocorridas em virtude da implantação de projeto de reflorestamento, sejam aquelas ocorridas dentro e fora dos limites geográficos do projeto, como também as fugas e linha de base. Além de simular as remoções reais, o modelo ainda permite simulações de cenários hipotéticos com o intuito de avaliar e comparar o impacto dessas alterações no saldo de remoções de GEE.  Dinâmica de Sistemas foi utilizada e avaliada como técnica de simulação. Seu uso foi possível modelar o sequestro e as emissões de carbono advindas da implantação de um projeto de reflorestamento com um elevado nível de detalhamento baseado na metodologia AR-AM0005 aprovada pela UNFCCC. A modelagem do sequestro do carbono compreendeu o crescimento de florestas, estocagem de madeira e de carbono de biomassa das árvores de diferentes regiões do estado de Minas com características edafoclimáticas dessemelhantes, além da estocagem de carbono pela linha de base que será debitada do saldo de remoções de carbono do projeto. Abrangeu ainda as emissões do carbono originadas dentro e fora dos limites geográficos do projeto. Emissões ocorridas dentro dos limites do projeto são: queima de combustíveis fósseis na execução das atividades de exaustão, colheita, transporte e manutenção de estradas; perda de biomassa na preparação do local e conversão de pastagens em florestas; queima de biomassa em incêndios florestais acidentais; e emissões de óxido nitroso a partir de práticas de fertilização com nitrogênio. E as emissões fora dos limites do projeto denominadas fugas, incorporadas ao modelo correspondem à queima de combustíveis fósseis e do deslocamento de atividades econômicas. Constatando a eficiência da Dinâmica de Sistemas como técnica de simulação, o modelo se mostrou sensível às características regionais, demonstrando a diferença nos estoques de floresta ao final de 30 anos num ciclo de rotação de 7 anos é de 45,1% entre as regiões de melhor e pior resultado, diferença esta refletida nos estoques de carbono da floresta. Verificou-se que os ciclos de rotação adotados na prática pelas empresas nem sempre acarretam no maior estoque acumulado de CO2 sequestrado pela floresta, sendo possível obter um ganho de até 21,0%.

 

25/06/2014

14:00

sala de seminários 1010

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