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Qualificação de ROBERTO MARTINI JUNIOR

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A Utilização do Saber do Trabalho e da Comunidade para a Operacionalização do Princípio da Precaução: aprendendo com o rompimento de uma barragem de rejeitos minerais.

 

O rompimento da barragem de Fundão em Mairana/MG, destinada ao depósito de rejeitos da mineração, chocou a opinião pública internacional e motivou diversos estudos e reflexões sobre o assunto. Logo após o evento, vários grupos acadêmicos, órgãos estatais, movimentos sociais e personalidades se posicionaram sobre o assunto. Em meio ao conteúdo geral desses posicionamentos se destacou a afirmação da necessidade do compromisso com o Princípio de Precaução, que é uma das soluções contemporâneas para se lidar com o risco. Considerando então a importância deste princípio dada a sua reiterada reivindicação nos diversos fóruns de debate e posicionamentos sobre o tema, avaliaremos a pertinência real da utilização do Princípio de Precaução – ela mudaria de acordo com o contexto? - e focaremos então nossos esforços no entendimento da operacionalização deste princípio, quando este nos for útil. Nossos primeiros estudos sobre o tema revelaram as discussões sobre o controle social como uma questão chave no desvendar destas indagações, o que nos levou à nossa principal questão neste estudo: como criar as condições para que os saberes provenientes da própria experiencia de vida e trabalho, e que não são explicitados e/ou que ainda não fazem parte das sistematizações cientificas, possam ser respeitados e utilizados como balizadores para as avaliações sobre o risco? Uma boa proposta de como lidar para uma articulação satisfatória destes saberes na gestão dos riscos nos parece ser elucidada pela elaboração da Cidadania Tecnocientífica, que também será objeto de análise. A aplicação de princípios como o de Precaução parece necessitar de uma consolidação de relações democráticas referenciadas em uma determinada ética.

 

01/02/2017

09:00

sala 1092

Defesa de dissertação de JAQUELINE MEDEIROS FARAH

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O processo de resolução de um problema industrial: as implicações da experiência na configuração do espaço-problema

 

Esta dissertação discorre sobre o histórico de um problema industrial em uma planta produtora de ferroníquel – de 2012 a 2015 – desde a sua concepção e delimitação até o alcance de uma solução considerada aceitável. Verificado na área do Refino da planta o problema, a “geração de finos na granulação”, foi analisado em dois contextos. No primeiro contexto, ocorreu a tentativa de resolução desse problema. Esse processo envolveu sua classificação, a definição dos métodos adotados e a construção das ferramentas analíticas. No segundo contexto, ainda que não tenha sido completamente solucionado, verificou-se uma redução significativa do problema. Neste estudo, são discutidas as dificuldades em face de um problema vivenciado em circunstâncias reais, diferente dos explorados mais comumente em ambientes acadêmicos ou de consultoria. Com isso, busca-se estabelecer um contraponto entre problemas estruturados e os problemas não estruturados – dentre os quais “geração de finos” se situa –, sob dois aspectos: (1) o processo cognitivo envolvido no processo de resolução; e (2) as ferramentas analíticas empregadas nesse processo. A partir da discussão apresentada buscou-se reforçar o argumento de que problemas de design (de qualquer tipologia que se queira empregar) não são algo que surge do nada e sobre os quais os profissionais devem se debruçar até que encontrem uma solução satisfatória (PIDD, 2003). Problemas dessa natureza são construtos que emergem a partir do fluxo de questões em andamento, às quais é dada atenção. Nesse processo de construção do problema, pode haver vários pontos de vista válidos acerca do que está acontecendo e do que pode ser feito a respeito. Algumas dessas interpretações podem vir a ser consideradas “erradas”, no sentido de que não podem ser defendidas. Sob essa perspectiva, os modelos qualitativos e quantitativos atuam como “ferramentas para pensar”, mas sua eficácia depende do embasamento do conhecimento e da experiência.

 

01/02/2017

07:30

sala 1092, Escola de Engenharia