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Qualificação de GUILHERME FERNANDO SOARES DE ARAUJO

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“MÃOS NA CABEÇA!” UM ESTUDO QUALITATIVO SOBRE O PODER DISCRICIONÁRIO DE POLÍCIA EM ABORDAGEM POLICIAL

 

A presente dissertação tem por objetivo analisar a complexidade da tomada de decisão e do julgamento de policiais militares do 26ª Batalhão de Polícia de Minas Gerais, no que visa ao agir no mundo, fazendo uso do seu poder discricionário de polícia em ação de abordagem policial. Desta forma, o objetivo geral será de evidenciar as variáveis e os fatores associados a esse “poder”, por meio de observações e autoconfrontações em campo, identificando os “atalhos” operacionais e as não ações nesse processo. Os objetivos específicos podem ser delineados em dois: 1º) Investigar o processo de tomada de decisão e julgamento, adotadas pela equipe e 2º) Propor melhorias na estruturação das equipes e nos treinamentos. Todo o texto trará análises sobre a seguinte problemática: como diferenciar abuso da força necessária? O que se percebeu é que grande parte das decisões e julgamentos tomados são baseados em critérios de relevância, advindos das percepções que são criadas entre o policial e o comportamento do suspeito, resultado do acoplamento adequado das experiências do agente com a situação encontrada. O ponto-chave da habilidade são as experiências e vivências acumuladas. O policial usa a estratégia de detecção de traços de suspeição ajustando-a a cada situação, produzindo inclusões e exclusões de “abertos” de possibilidades. Logo, toda a habilidade em detecção é relativa; depende do contexto e do suspeito. Se a competência depende primordialmente da situação e da prática (a habilidade do corpo entrelaçada às regras), e esta não é adquirida por meio de representações, é somente em situação e pela prática que a seleção e ação policial, podem resultar no desenvolvimento da ação eficaz e proporcional.

 

06/12/2016

09:00

sala 1094, Escola de Engenharia