PERCEPÇÃO ALÉM DA COGNIÇÃO – Experiências por Detrás das Telas de uma Sala de Controle

No cenário atual, estudos pautados em pressupostos tradicionais ressaltam que quanto mais tarefas são realizadas por meio da tecnologia da informação, maior é o foco dado sobre o conhecimento abstrato. Em ambientes como o da sala de controle de uma grande companhia energética, onde se controla remotamente usinas e subestações, acredita-se que o corpo sensível perde relevância como fonte de conhecimento e, no seu lugar, a mente e o pensamento abstrato do trabalhador, diante de uma tela de computador, são vistos como o foco central da atividade. Contrariando esse cenário tradicional, o artigo discute, conforme pressupostos da Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty, que mesmo em uma atividade que aparenta ser puramente cognitiva, o desenvolvimento de habilidades acontece por meio de experiências incorporadas e alterações no esquema corporal. Nesse estudo, será discutido que as habilidades são desenvolvidas por meio da sincronização do corpo com as experiências práticas vividas. A sincronização do corpo leva a novas percepções e essas transformam o esquema corporal. Essa transformação permite que o corpo se polarize de diferentes maneiras e, diante de uma cena perceptual familiar, esse corpo é solicitado a agir. A fim de apoiar essa discussão, serão apresentados casos empíricos de habilidades incorporadas dos operadores de uma sala de controle, nos quais são baseados na percepção fenomenológica do corpo em decidirem tomar ações e até não- ações. Para estudar as especificidades do campo empírico a metodologia utilizada foi a etnografia tradicional narrativa. Essa metodologia se mostrou sensível à realidade do trabalho e permitiu transmitir os detalhes da riqueza do contexto empírico apresentados nessa pesquisa.

13/08/2014

11:30

sala 1010, Escola de Engenharia

Anexos:

cartaz Michelle.pdf

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Análise da Viabilidade de Geração Conjunta Eólica/Solar em Microgrid conectado à Rede

Os sistemas elétricos evoluíram para o modelo de geração centralizada, em grande escala, longe dos pontos de carga e baseado em recursos fósseis, modelo questionado com o esgotamento destes recursos, com os problemas ambientais resultantes, com a dificuldade/custo de acompanhar a demanda e com a busca por sistemas mais confiáveis. Neste contexto, a geração eólica e solar surgem como soluções abundantes, limpas e inesgotáveis. Além do grande potencial de geração, elas podem ser descentralizadas, mais próximas dos consumidores, enquadrando-se no conceito de Geração Distribuída. Apesar destes benefícios, a energia gerada a partir do vento e do sol é intermitente, pouco previsível, não despachável e, em alguns casos, os momentos de maior geração de energia não coincidem com os picos de carga. Sendo assim, para integração otimizada destas fontes nos sistemas elétricos é necessário considerar seus aspectos e incertezas, além das características do mercado. Contudo, a literatura atual foca ou na previsão das variáveis que impactam o potencial eólico e solar - prioritariamente para fins operacionais – ou no dimensionamento do sistema isolado de geração conjunta. Faltam estudos que acrescentem à tomada de decisões de investimento mais informações a respeito do potencial de geração destas fontes e das políticas do mercado elétrico. Sendo assim, este trabalho visa avaliar alternativas para viabilizar a geração conjunta de energia elétrica em microgrid, a partir das fontes alternativas solar e eólica, no cenário brasileiro. Para tal, é proposta uma metodologia em quatro fases: na primeira, os dados de entrada são coletados e validados, sendo inseridos na segunda, na qual são ajustados modelos de regressão linear às séries de dados de velocidade do vento e de radiação solar. Os resultados são confrontado com as curvas de Weibull para série de vento e dia típico mensal para série de radiação, suposições comumente utilizadas. Com base nas curvas previstas e nos custos de geração, um modelo de otimização para design do sistema híbrido é proposto. Na última fase, o sistema é analisado usando-se indicadores de confiabilidade, custo e eficiência. Um estudo de caso para a cidade de Petrolina é feito a fim de analisar em quais situações é interessante usar ou somente geração eólica, ou somente geração solar, ou um mix ótimo.

12/08/2014

13:30

sala 1012, Escola de Engenharia

Anexos:

cartaz Luciana.pdf

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O PROBLEMA DE ROTEAMENTO DE VEÍCULOS MULTIOBJETIVO COM JANELA DE TEMPO E COM TEMPO DE VIAGEM ESTOCÁSTICO

A atribuição e o planejamento de rotas de veículos é um problema crucial da administração de cadeias de suprimentos. No ambiente real é comum encontrar problemas que envolvam uma quantidade muito grande de clientes e que conseqüentemente fogem do alcance de métodos exatos. Também se faz comum situações em que o cliente estabelece uma janela de tempo para ser atendido. O ambiente real também possui dados probabilísticos por natureza, como o tempo de viagem entre dois clientes. Isto faz com que um modelo de roteamento que considere as incertezas envolvidas nestes dados seja mais apropriado.
Neste contexto, o presente trabalho aborda uma variante do Problema de Roteamento de Veículos com Janelas de Tempo (PRVJT) no qual o tempo de viagem entre os clientes é conhecido apenas probabilisticamente. Este problema é chamado PRVJT com Tempo de Viagem Estocástico. Para resolvê-lo, implementou-se uma metaheuristica que combina a força de estratégias bem sucedidas na literatura como Tabu Search, Guided Local Search e Adaptive Memory Procedure dentro de uma estrutura que utiliza o Iterated Local Search.
Um método inédito na literatura é desenvolvido não só para estimar o tempo de chegada aos clientes, mas também para calcular a probabilidade dos veículos atenderem os clientes dentro de suas respectivas janelas de tempo. O algoritmo encontra a rota de menor custo e ao mesmo tempo garante um nível mínimo de serviço aos clientes. Este trabalho também explora a relação de custo-benefício existente entre minimizar os custos de transporte e maximizar o nível de serviço criando uma versão multi-objetivo do problema. Simulação Estocástica e outros estudos da literatura são utilizados como benchmark para avaliar o método proposto.

25/07/2014

09:00

sala 1010, Escola de Engenharia

Anexos:

cartaz douglas.pdf

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