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Qualificação de ÁLVARO LEDO FERREIRA

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Desenvolvimento de um simulador de mercado artificial de ações para a interação com agentes externos

 

Nos últimos anos a taxa de juros real da economia brasileira tem sido sistematicamente reduzida, o que estimula a migração de investimentos para a renda variável, em especial o mercado de ações. Para facilitar a entrada de novos investidores neste mercado, o uso de simuladores mostra-se uma importante ferramenta para desmistificar o procedimento de negociação, sem que seja envolvido dinheiro real. Os simuladores on-line atualmente disponíveis, como o FolhaInvest e UolInvest, que trabalham em parceria com a BM&FBOVESPA, utilizam as cotações da própria BM&FBOVESPA com um delay de 15 minutos no simulador. E isso leva às principais limitações destes simuladores: (i) não são as ordens de compra/venda dos jogadores que determinam o preço do mercado; (ii) o uso do simulador está atrelado ao tempo de negociação na BM&FBOVESPA.  Uma alternativa seria utilizar um simulador de Mercados Artificiais por Agentes, mas apesar da extensa literatura tratando da destes mercados, nenhum desses modelos possibilita a interação de agentes externos, já que eles não têm o objetivo de serem utilizados como ferramenta de aprendizado, e sim de verificar se as séries de preços obtidas ao final das simulações, decorrente da microestrutura proposta, apresentam características similares às de séries de preços de mercados reais. Este trabalho propõe o desenvolvimento de um simulador de mercado artificial baseado em agentes para a negociação de múltiplas ações e que permita que usuário(s) externos(s) também atuem como agentes neste mercado, com as simulações ocorrendo a qualquer tempo. O simulador tem como base o software R, responsável pela implementação do mercado artificial em si e pelos gráficos disponibilizados a(os) usuário(s). Este simulador será acessível tanto localmente (apenas pelo usuário) tanto via internet (para múltiplos usuários). A interface, similar à um Home Broker, é desenvolvida em HTML/CSS/Javascript, permitindo o uso remoto a partir de qualquer sistema operacional com um navegador disponível. Este trabalho propõe também que o mercado artificial utilizado no simulador seja validado com base em fatos estilizados, o que é feito na literatura. Os resultados obtidos até aqui mostram que o simulador proposto é viável, mas ainda há desafios a serem superados, sobretudo na operação local.

 

28/08/2014

10:30

sala 1010, Escola de Engenharia

Qualificação de VIRGINIA GIANI CASAGRANDE

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Sequenciamento de Cirurgias no Médio/Curto Prazo

 

Nesse trabalho são analisados modelos de programação inteira para o sequenciamento de cirurgias eletivas no médio/curto prazo. É considerado um horizonte de planejamento divido em períodos, por exemplo, uma semana divida em dias, em que um conjunto de cirurgias devem ser alocadas a salas e devem ser definidos os horários de início e os recursos necessários. São estudadas duas variantes de função objetivo. Na primeira deseja-se maximizar a ocupação das salas, e na segunda deseja-se minimizar o atraso com relação a uma data limite recomendada para a execução da cirurgia. São apresentados resultados computacionais preliminares. O trabalho em andamento inclui reformulação para aplicação de estratégias de decomposição.

 

27/08/2014

10:00

sala a definir

Qualificação de SAMIRA NAGEM LIMA

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Regulação ou criação de variabilidade? O papel dos operadores nas lógicas prescritivas versus a lógica do trabalho

 

Um dos principais problemas durante o start-up de uma planta industrial é atingir e manter a estabilidade dos processos e, consequentemente, da produção. Isso significa diminuir tanto quanto possível a variabilidade existente na matéria-prima fornecida para a planta, no funcionamento dos equipamentos e na sua operação. Para os gestores, o caminho para alcançar a estabilidade é procurar por "uniformidade" em todos os casos. Assim, da mesma forma que as máquinas devem trabalhar de forma harmoniosa e consistente, deve haver uma "operação uniforme" entre operadores e entre turnos. A suposição de que os operadores são apenas fonte de variabilidade é subjacente ao crescimento de "abordagens prescritivas para fazer e aprender" (Ribeiro, 2013), que incidem sobre o controle, uniformidade e padronização de operação, diminuindo o âmbito e alcance das ações dos operadores. Esta busca por "Operadores Robôs", no entanto, não leva em conta que a sua principal função é regular a variabilidade proveniente de toda a planta. Dito isto, é verdade que, em princípio, os operadores inexperientes podem criar variabilidade quando ainda estão aprendendo. Este estudo analisa um caso paradigmático de tentativa de controle das ações dos operadores, em uma usina de níquel, através da contagem do número de "cliques" no mouse que dão ao operar a planta automatizada a partir de suas telas na sala de controle. Os problemas por trás dessa abordagem e as suas hipóteses são então utilizadas na seguinte ordem: (i) para oferecer uma maneira de identificar quando os operadores podem estar criando ou regulando variabilidade através da articulação de análise quantitativa e qualitativa; (ii) para fazer uma crítica à visão predominante prescritiva do que é o trabalho dos operadores em uma planta industrial.

 

18/08/2014

08:00

Sala de Seminário 1012, Escola de Engenharia

Qualificação de CAMILLA PIRES MARCOLINO

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Contabilizando a natureza: Controvérsias em torno da metodologia dos modelos de valoração de carbono para a implantação de programas REDD no Brasil – Estudo de caso: Projeto Carbono Florestal Suruí

 

O desmatamento é uma das principais causas das mudanças climáticas em escala global, visto a grande quantidade de CO2 emitida pela mudança do uso do solo, contribuindo assim para o efeito estufa. No cenário mundial, o programa de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD) vem ganhando grande espaço. Organizações sem fins lucrativos como a Voluntary Carbon Standard Association (VCS) tem assumido um papel importante nesse mercado de carbono desenvolvendo metodologias que visam padronizar e dar credibilidade a esse mercado. Ao mesmo tempo, países com grande interesse em comprar o crédito de carbono dos países amazônicos investem em pesquisa e tecnologia para criar metodologias confiáveis a atender o mercado não voluntario priorizando as metodologias de MRV (monitoramento, replicação e verificação). O presente estudo tem como objetivo compreender os desafios enfrentados pelos povos tradicionais para o estabelecimento de projetos de REDD certificados pelo VCS e metodologias similares. Para isso, o estudo busca inspiração na Teoria Ator-Rede a fim de compreender as múltiplas inscrições, traduções, alinhamentos que permitem o estabelecimento de projetos de REDD e a venda de carbono provindo de desmatamento evitado. Empiricamente essa pesquisa partirá do estudo de um caso de sucesso de estabelecimento de REDD pelos Pater Suruí, uma nação indígena da Amazônia brasileira. A partir desse estudo de caso busca-se identificar as contradições sociotécnicas inerentes ao pagamento por serviços ambientais, e contribuir para elaboração de políticas de redução do desmatamento compatíveis com o contexto institucional brasileiro.

 

18/08/2014

08:30

sala 1010, Escola de Engenharia